domingo, 23 de janeiro de 2011

O Tempo e as Jabuticabas


Contei meus anos e descobri
que terei menos tempo para viver daqui para frente
do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquele menino
que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente,
mas percebendo que faltavam poucas,
começou a roer o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos
tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalômanos.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis
para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias
que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres
de pessoas que, apesar da idade cronológica,
são imaturas.
Detesto fazer acareação de desafetos
que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou:
'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos,
quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia,
quero viver ao lado de gente humana,
muito humana;
que sabe rir de seus tropeços,
não se encanta com triunfos,
não se considera eleita antes da hora,
não foge de sua mortalidade,
defende a dignidade dos marginalizados,
e deseja tão somente andar ao lado de Deus.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes,
nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena !
Rubem Alves

domingo, 16 de janeiro de 2011

Sade Adu


Helen Folasade Adu, nascida em Ibadan, Nigéria, em 16 de janeiro de 1959, é cantora e compositora de jazz, da banda Sade. Foi criada em Colchester, Reino Unido, onde foi viver com sua mãe (britânica) quando esta se separou do pai (nigeriano). 
Dona de uma voz de veludo já vendeu mais de 40 milhões de discos em todo o mundo e venceu vários Grammy.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Aniversário de Carangola - 129 ANOS

Mesmo estando ausente por mais de 15 anos, 
tenho um carinho muito especial por essa cidade, 
afinal, foi lá que eu nasci e vivi até os meus 6 anos. 
Mas sempre voltava nas férias e feriados . 
Lá moravam meus avós maternos, tios e primos. 
E primos dos primos, que eu amava tanto quanto. 
Família animada, numerosa, unida, que causava onde quer que chegasse. 
E, como a vida tem dessas coisas, fomos crescendo, 
uns casando, constituindo novas famílias, 
outros mudando de cidade e, 
por fim, não ficou quase ninguém lá. 
Espalhados por esse mundão de meu Deus, 
me deixam uma saudade gostosa daqueles tempos. 
Sou saudosista sim, mas light. 
Não sofro com isso... 
muito pelo contrário: me delicio. 
E quando eu voltar lá 
tenho certeza que vou encontrar muitas coisas 
exatamente como eram antes, 
e entre uma palpitação e outra 
registrarei tudo para compartilhar com você aqui. 

PARABÉNS, CARANGOLA!!!!






sábado, 1 de janeiro de 2011

Gaivota, porque voas tão alto??

Devo confessar que já assisti novelas mexicanas. Fui atraído, pela primeira vez, por causa da passagem de Thalia pelo Brasil. Vamos combinar que a bichinha é linda... curioso, segui a trilogia "Maria". 
Muito hilário ver aqueles figurinos, as maquiagens e os penteados... numa delas tinha uma personagem que usava o mesmo vestido longo, de paetês pretos até prá andar de moto e ir a praia... 
Mas, de todas, a que eu mais gostei não era mexicana. Era colombiana. 
O título não foge à breguice latino-americana: Café com Aroma de Mulher.  Era ambientada nos cafezais colombianos. 
Mostrava tudo. Desde o plantio, a colheita, o beneficiamento, processamento, as exportações, as variedades... enfim. 
Passei até a curtir mais um cafezinho. 
Mas o que mais me chamou a atenção nesse folhetim foi a bela protagonista Margarita Rosa de Francisco, a Gaivota. 
Nunca vi mulher tão bela e apesar de ter sido gravada em 1994 e exibida aqui em 2001, e de acordo com a foto abaixo,  continua esbanjando beleza. 
O que ela andará fazendo?